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Quando vale a pena diversificar a carteira com investimentos no exterior?

14 de junho de 2023
Escrito por Guide Investimentos
Tempo de leitura: 12 min
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A diversificação da carteira é uma estratégia fundamental para investidores que buscam otimizar seus retornos e gerenciar os riscos associados. Nesse sentido, os investimentos internacionais podem ser opções interessantes para diversificar o portfólio.

Isso ocorre porque eles ajudam o investidor a expor a carteira a riscos diferentes daqueles encontrados no mercado interno, o que pode trazer benefícios para a estratégia. Mas você sabe quando vale a pena investir em alternativas estrangeiras?

Neste post, você entenderá o que é a diversificação da carteira, como funcionam os investimentos internacionais e quando utilizá-los.

Confira!

O que é a diversificação da carteira de investimentos?

A diversificação da carteira de investimentos consiste em distribuir seus recursos financeiros em diferentes alternativas com riscos distintos. Ou seja, em vez de concentrar todo o seu capital em um único ativo ou classe de investimentos, você busca equilibrar os riscos.

Para isso, é preciso alocar o dinheiro em diferentes classes, setores, regiões geográficas ou instrumentos financeiros, por exemplo. O seu objetivo é reduzir os riscos e maximizar o potencial de retorno da carteira.

Como a estratégia funciona?

Além de entender o que é a diversificação, é preciso saber como ela funciona. Na prática, essa estratégia é baseada no princípio de que diferentes investimentos têm correlações variadas entre si.

Quando dois ativos têm correlação positiva, significa que eles tendem a se mover na mesma direção e gerando resultados semelhantes. Por exemplo, os títulos atrelados à Selic e ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário) na renda fixa têm correlação positiva.

Nesse caso, quando há aumento na taxa Selic, o CDI também aumenta, resultando em resultados similares. O mesmo acontece em casos de queda na taxa básica de juros da economia.

Por outro lado, quando dois ativos têm correlação negativa, eles apresentam comportamentos opostos, como o investimento em ouro e em ações. Nesse cenário, em momentos de queda na bolsa, a cotação do metal tende a subir, e vice-versa.

Já a descorrelação ocorre quando dois investimentos não apresentam uma relação evidente entre si. Esse é o caso dos títulos públicos e dos criptoativos, que são afetados por fatores diferentes e não possuem um padrão de comportamento conjunto.

Assim, a descorrelação pode ser desejável na diversificação, pois reduz a dependência de um único tipo de ativo. Além disso, ela aumenta as oportunidades de obter retornos independentes em diferentes condições de mercado.

Além desses fatores, a diversificação pode ser realizada considerando diferentes horizontes de investimento. Ao investir com foco em períodos distintos, é possível mitigar riscos específicos de cada prazo.

Qual é a importância da diversificação da carteira?

Para aplicar a estratégia, é preciso entender por que a diversificação da carteira é tão importante. Ao investir em uma variedade de ativos, os riscos específicos de cada um deles tendem a ser diluídos. Afinal, diferentes investimentos tendem a ter desempenhos distintos ao longo do tempo.

Logo, a diversificação permite evitar a concentração excessiva de riscos em um único investimento, condição ou setor específico. Por exemplo, imagine que uma ação específica sofre uma queda significativa.

Se o investidor tem a maioria dos recursos nesses papéis, ele pode ter uma perda considerável. Em contrapartida, uma carteira diversificada com outros ativos financeiros pode ajudar a minimizar o impacto negativo sobre o retorno total da carteira.

Isso porque o desempenho ruim de um investimento pode ser compensado pela boa performance de outros ativos, por exemplo. Ademais, ao diversificar, o investidor pode aproveitar as oportunidades de diferentes mercados e setores, equilibrando potenciais ganhos e perdas.

No entanto, é importante ressaltar que a diversificação não elimina os riscos. Dessa forma, mesmo com uma carteira diversificada, os investimentos continuam sujeitos a fatores macroeconômicos, flutuações de mercado e outros riscos inerentes ao mercado financeiro.

Como funcionam os investimentos internacionais?

Agora que você já conhece a estratégia de diversificação, é essencial saber como funcionam os investimentos internacionais. Eles se referem às oportunidades de alocação de recursos financeiros fora do país de origem do investidor.

Nesse sentido, o funcionamento dos investimentos internacionais depende do tipo escolhido e das regulamentações financeiras dos países envolvidos. No entanto, existem características gerais a serem consideradas.

Veja a seguir!

Acesso ao mercado

Os investimentos internacionais podem ser realizados de duas maneiras: a direta e a indireta. A primeira prevê a compra dos ativos no exterior por meio de corretoras internacionais. Isso costuma ser dispendioso porque envolve o envio de dinheiro para outro país, a realização de uma operação de câmbio, custos adicionais e outros fatores.

Contudo, também é possível investir internacionalmente por meio de alternativas do mercado nacional relacionadas a ativos estrangeiros. Nesse caso, o investidor pode negociar os investimentos por meio de uma corretora de valores brasileira e em reais.

Regulamentação e legislação

Os investimentos internacionais podem estar sujeitos a regulamentações e legislações financeiras específicas de cada país. Portanto, é importante que os investidores compreendam as regras e os requisitos para investir em determinada nação, incluindo questões relacionadas a impostos e taxas.

Riscos cambiais

Ao investir internacionalmente, os investidores estão expostos aos riscos cambiais. Afinal, as flutuações nas taxas de câmbio podem afetar o valor dos investimentos em moeda estrangeira quando convertidos de volta para a moeda local do investidor.

Vale ter em mente que esses riscos podem trazer tanto oportunidades quanto desafios, dependendo das condições do mercado cambial.

Pesquisa e análise

A pesquisa e a análise desempenham um papel fundamental na tomada de decisões de investimento internacional. Os investidores devem analisar a economia e as perspectivas de crescimento do país ligado ao ativo, as condições políticas e regulatórias e outros fatores relevantes antes de alocar os recursos.

Quais são os benefícios de investir no exterior?

Outro ponto relevante no aprendizado é compreender os benefícios de utilizar a diversificação da carteira e como o investimento no exterior pode ajudar.

A seguir, conheça alguns dos principais pontos positivos de investir no exterior!

Diversificação do portfólio

Investir no exterior permite diversificar a carteira além das fronteiras nacionais. Assim, alocar os recursos em diferentes países e economias ajuda a reduzir a exposição aos riscos específicos de uma única nação ou região.

A medida pode ajudar a mitigar os impactos negativos de eventos econômicos ou políticos adversos em um determinado mercado. O motivo para isso é que o desempenho de diferentes mercados tende a variar.

Acesso a mercados em crescimento

Os mercados emergentes e economias em rápido desenvolvimento podem apresentar um potencial de crescimento mais elevado em comparação com economias mais maduras. Dessa maneira, investindo neles é possível se beneficiar de oportunidades que podem não estar disponíveis em seu país.

Setores específicos e oportunidades de investimento

Diversas indústrias e setores podem ter maior destaque em determinados países. Então investir internacionalmente permite aproveitar oportunidades específicas de investimento em nichos que podem estar em ascensão ou com perspectivas promissoras em outras nações.

Proteção contra riscos cambiais

A exposição cambial pode oferecer uma forma de proteção à carteira de investimentos. Por exemplo, se o real estiver desvalorizado em relação ao dólar, os retornos dos investimentos em moeda norte-americana podem ser ampliados quando forem convertidos de volta para a moeda local.

Quando vale a pena diversificar com investimentos internacionais?

Após entender os benefícios de investir fora do Brasil, é comum se perguntar quando vale a pena diversificar com investimentos estrangeiros. Na prática, a diversificação com ativos internacionais pode ser considerada em diferentes momentos.

Entenda quando vale a pena investir fora do país para diversificar o seu portfólio!

Proteger o capital

Em períodos de instabilidade econômica ou incerteza política em um país, investir no exterior pode oferecer proteção ao capital. Afinal, a diversificação internacional permite reduzir a exposição a riscos específicos de uma única nação.

Desde 2022, por exemplo, há um cenário de incerteza econômica devido às altas taxas de juros pelo mundo. Isso faz com que haja uma procura maior pelo dólar, que é considerado uma reserva de valor. Ainda assim, a moeda passa por variações em sua cotação.

Como as incertezas podem indicar um aumento de volatilidade, o investimento diversificado em diferentes mercados pode ajudar a diluir parte dos riscos indicados pelas oscilações de moedas consideradas fortes.

Reduzir os impactos das oscilações internas

Investir apenas no mercado interno concentra a exposição do investidor em flutuações e ciclos econômicos específicos de um país. Por outro lado, os investimentos internacionais podem ajudar a reduzir a volatilidade da carteira porque diferentes economias tendem a ter desempenhos distintos.

Acessar economias mais fortes

Investir no exterior também pode oferecer acesso a economias mais robustas e com maior potencial de crescimento. Nesse sentido, diversificar a carteira com investimentos internacionais também permite que o investidor tenha exposição a setores e empresas líderes em seus respectivos mercados.

Reduzir a exposição da carteira ao mercado interno

Há momentos em que o desempenho do mercado interno pode estar fortemente correlacionado a fatores econômicos, políticos ou financeiros inerentes ao país. Já o desempenho das demais nações pode ser influenciado por outros fatores.

Como consequência, o investimento internacional permite ampliar a descorrelação dos ativos ao deixar de focar no mercado interno. A medida reduz a dependência do desempenho de um único mercado e colabora com a mitigação de riscos.

Como diversificar a carteira investindo fora do Brasil?

Como você viu, é possível acessar o mercado externo por meio de investimentos negociados no Brasil, o que simplifica o processo no momento de alocar os seus recursos. Na sequência, você verá algumas das principais possibilidades para investir no exterior de forma indireta.

Confira!

BDRs

Os BDRs (brazilian depositary receipts) são certificados de depósito emitidos no Brasil, mas lastreados em ativos estrangeiros, como ações e títulos. Ao comprá-los, os investidores podem ter exposição ao mercado internacional sem precisar converter o câmbio ou enviar recursos para fora do país.

Ademais, os BDRs permitem que os investidores participem dos movimentos de preços dos ativos lastreados. Desse modo, a valorização do preço dos certificados pode ocorrer tanto pelo desempenho do investimento estrangeiro quanto pelo aumento da cotação da moeda de origem do ativo.

Fundos internacionais

Os fundos internacionais são veículos de investimento coletivo que têm como estratégia a alocação de recursos em ativos no exterior, majoritariamente. Assim, a carteira é manejada por um gestor profissional e pode ter ações, títulos, cotas e outras alternativas estrangeiras.

Além disso, os fundos internacionais podem se expor a investimentos de diferentes países, contanto que as principais regiões estejam descritas na lâmina do veículo. Dessa forma, o investidor pode avaliar se é interessante investir na modalidade.

COEs

Os COEs (certificados de operações estruturadas) são produtos financeiros que combinam características de diferentes classes de investimentos. Dessa maneira, as operações estruturadas pela instituição responsável podem utilizar títulos de renda fixa ou ativos e derivativos de renda variável.

Do mesmo modo, os certificados podem ter exposição a mercados estrangeiros. Na prática, os COEs podem ter uma estratégia vinculada a índices estrangeiros, ações de empresas internacionais ou moedas de outros países.

Dessa forma, o investidor pode obter resultados com base no desempenho desses ativos no mercado internacional, considerando as condições de cada COE.

ETFs

Os ETFs (exchange traded funds) são fundos de investimento negociados em bolsa que buscam replicar o desempenho de um determinado índice de referência. Para atingir esse objetivo, eles investem nos mesmos ativos e em proporções parecidas à carteira teórica do indicador.

Existem ETFs focados em índices estrangeiros, permitindo que os investidores acessem os mercados internacionais. Por exemplo, um ETF que tem como referência o desempenho do índice S&P 500 apresenta em sua carteira ações de 500 empresas líderes negociadas nas bolsas de valores dos Estados Unidos.

Portanto, ao investir nesse ETF, os investidores diversificam o capital nas diversas empresas que compõem o índice e ainda têm exposição ao mercado internacional.

O que considerar antes de investir no exterior?

Antes de investir no exterior, é importante considerar aspectos relacionados aos seus objetivos financeiros e perfil de investidor.

Veja como avaliar essas questões!

Objetivos financeiros

Os objetivos financeiros representam as metas que você deseja cumprir com o investimento, como proteger a carteira ou evoluir o patrimônio. Compreendê-lo ajuda a determinar quais alternativas internacionais podem ser mais adequadas para você.

Vale considerar que o investimento no exterior costuma envolver uma perspectiva de longo prazo, especialmente no caso da renda variável. Portanto, considere o horizonte desejado para entender se a alternativa é adequada para a sua carteira.

Perfil de investidor

Como você viu, os investimentos no exterior podem apresentar volatilidade e riscos adicionais devido às flutuações cambiais e aos riscos geopolíticos, por exemplo. Dessa maneira, é preciso compreender seu apetite pelo risco para determinar qual deve ser a proporção de investimentos internacionais em sua carteira.

Para isso, você deve identificar o seu perfil de investidor, pois ele mensura a sua tolerância aos riscos. Existem três classificações:

  • conservador: prioriza segurança e preservação do capital;
  • moderado: busca um equilíbrio entre segurança e retorno;
  • arrojado: deseja retornos mais elevados, mesmo que tenha que assumir mais riscos.

No caso dos investimentos internacionais, pode ser interessante ter maior tolerância aos riscos, mas é necessário avaliar individualmente sua estratégia e a composição da carteira. Ainda, vale a pena ter o apoio de assessores de investimentos para esclarecer dúvidas e receber orientações.

Agora você já sabe quando vale a pena diversificar a carteira usando investimentos internacionais. Com esses conhecimentos, é possível ter mais segurança na hora de elaborar a sua estratégia e compor o seu portfólio.

Quer investir no mercado internacional? Abra a sua conta e conte com a Guide Investimentos!

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